Eugénio Lisboa (Lourenço Marques, 25 de Maio de 1930 —) é um ensaísta e crítico literário português.
Nascido em
Lourenço Marques (Moçambique), em
1947 vai para
Lisboa por força da sua formação académica e das obrigações do serviço militar. Licenciou-se em
1953 em Engenharia Elctrotécnica, pelo
Instituto Superior Técnico. Em
1976, vai para
França onde é adjunto do director mundial de exploração na Compagnie de Française des Pétroles. O ramo petrolífero foi a sua especialidade profissional durante vinte anos (
1958-
78). Mas, entre
1974-
78, acumulou essa actividade com a docência, que exerceu nas Universidades de
Lourenço Marques,
Pretória (
1974-
75) e
Estocolmo (
1977-
78), onde regeu cursos de Literatura
Portuguesa. Na
Suécia foi também o coordenador do ensino da língua portuguesa. Diplomata, exerceu, durante dezassete anos consecutivos (
1978-
95), o cargo de conselheiro cultural junto da Embaixada de Portugal em Londres e presidiu à Comissão Nacional da
UNESCO de
1996 a
98.
Crítico e ensaísta, dedicou exigente atenção à obra de
José Régio a partir de
José Régio: Antologia, Nota Bibliográfica e Estudo (
1957). Ainda em
Moçambique, co-dirigiu com
Rui Knopfli cadernos literários de jornalis desafectos ao regime, casos de
A Tribuna e
A Voz de Moçambique. A generalidade dos ensaios que escreveu e publicou em Moçambique foram coligidos nos dois volumes de
Crónica dos Anos da Peste (
1973 e
1975; tomo único desde
1996). Fez teatro radiofónico no
Rádio Clube de Moçambique, a partir de textos de
Jean Racine,
Ibsen e
José Régio. Colaborou em numerosas revistas e
jornais moçambicanos -
Diário de Moçambique,
Notícias da Beira,
Objectiva,
Paralelo 20 - e portugueses -
Jornal de Letras,
A Capital,
Diário Popular,
O Tempo e o Modo,
Colóquio-Letras,
Nova Renascença,
Oceanos,
Ler, entre outras. É professor da
Universidade de Aveiro.
Eugénio Lisboa usou os pseudónimos Armando Vieira de Sá, John Land e Lapiro da Fonseca.