terça-feira, 23 de outubro de 2012

Os 150 anos de 'Amor de Perdição'

Obra de Camilo Castelo Branco está a ser revisitada no Centro Cultural de Belém até sábado. 

 

Aprender (ou recordar) uma das obras mais marcantes da literatura portuguesa: Amor de Perdição. Publicada há 150 anos, o romance de Camilo Castelo Branco serve de mote para a iniciativa que ontem começou no Centro Cultural de Belém.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O Nosso Desejo de Liberdade não é Sincero

Agostinho da Silva foi um grande pensador e filósofo português do século XX. Exibindo uma sabedoria clara e simples durante toda a sua vida, promoveu o diálogo aberto com todas as pessoas. Grande defensor da liberdade e da criatividade individual, desmantelou todos os dogmas e certezas das sociedades, num processo de dar continuidade efectiva à construção de uma sociedade livre em que cada homem se possa realizar sem opressões. Construiu um sonho que continua a ser possível por via da não negação convincente de todos os que se lhe tentaram opor. 
 
O Nosso Desejo de Liberdade não é Sincero  
Se estamos todos muito bem preparados para reclamar liberdade para nós próprios, menos dispostos parecemos para reclamar sobretudo liberdade para os outros ou para lhes conceder a liberdade que está em nosso próprio poder; se conhecêssemos melhor a máquina do mundo, talvez descobríssemos que muita tirania se estabelece fora de nós como se fosse a projecção ou como sendo realmente a projecção das linhas autocráticas que temos dentro de nós; primeiro oprimimos, depois nos oprimem; no fundo, quase sempre nos queixamos dos ditadores que nós mesmos somos para os outros; e até para nós próprios, reprimindo todas as tendências que nos parecem pouco sociais ou pouco lucrativas, desejando muito que os outros nos vejam como simples, bem ajustados, facilmente etiquetáveis.

Agostinho da Silva, in 'Sobre as Escolhas'

domingo, 29 de julho de 2012

Pensadores - Epicuro, Lucrécio, Cícero, Sêneca e Marco Aurélio




Epicuro, Lucrécio, Cícero, Sêneca e Marco Aurélio - São Paulo : Abril Cultural, 1985

Seleção de textos: José Américo Motta Pessanha
Traduções e notas: Agostinho da Silva, Amador Cisneiros, Giulio Davide Leoni, Jaime Bruna
Estudos introdutórios: E. Joyau (Epicuro) e C. Ribbeck (Lucrécio)

EPICURO
ANTOLOGIA DE TEXTOS (séc. IV/lII a.C.)
Pensamentos sobre a filosofia, a teoria do conhecimento,
a física e a ética — de um dos maiores filósofos da Antigüidade.
 
LUCRÉCIO
DA NATUREZA (séc. I a.C.)
Num longo e belo poema, Lucrécio expõe a doutrina atomista criada
por Leucipo e Demócrito e desenvolvida por Epicuro.

CÍCERO
DA REPÚBLICA (51 a.C.)
As várias formas de governo são analisadas à luz do ecletismo filosófico de um dos maiores nomes do
pensamento romano.

SÊNECA
CONSOLAÇÃO A MINHA MÃE HÉLVIA (séc. I a.C.)
DA TRANQÜILIDADE DA ALMA (séc. I a.C.)
MEDÉIA (séc. l a.C.)
APOCOLOQUINTOSE DO DIVINO CLAUDIO (séc. I a.C.)
Obras representativas de um dos mais importantes filósofos estóicos da Roma Antiga, no tempo de Calígula e Nero.

MARCO AURÉLIO
MEDITAÇÕES (séc. II)
Reflexões morais do imperador-filósofo, adepto do estoicismo.


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Pensadores - Aristóteles




Aristóteles v.1 São Paulo : Nova Cultural, 1987.

TÓPICOS
Integra o Organon — conjunto de escritos lógicos de Aristóteles — e examina os argumentos que partem de opiniões geralmente aceitas. Aqui se situa a dialética, na concepção aristotélica: a arte da discussão e do confronto de opiniões, importante exercício intelectual que prepara o espirito para a construção da ciência. As atuais pesquisas sobre a logica do pensamento não formalizável, desenvolvidas Filosofia. Filosofia.

DOS ARGUMENTOS SOFÍSTICOS
Complementam os Tópicos e investigam os principais tipos de argumentos capciosos: aqueles que são um simulacro da verdade, aparentando ser genuínos quando de fato são falsos.

Seleção de textos: Jose Americo Motta Pessanha Traducoes de: Leonel Vallandro e Gerd Bornheim Introducao: Jose Americo Motta Pessanha


Aristóteles v.2 São Paulo : Nova Cultural, 1991

ÉTICA A NICÔMACO
Aristóteles investiga neste texto o tipo de saber que se pode obter acerca da conduta, levando em conta a situação concreta do Homem, um ser que está acima do animal, mas que não pode ser definido apenas pela pura razão. Neste meio-termo se colocará o que se deve entender especificamente por virtude.

POÉTICA
Aristóteles aborda neste texto os gêneros literários vigentes no seu tempo: poesia, tragédia, comédia, história, observando as características de cada um. Ainda hoje, dificilmente se encontrará um estudo sobre literatura que não se refira a esta obra aristotélica, em que pela primeira vez esses temas foram sistematizados.

Ética a Nicômaco : tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W.D. Ross ; Poética : tradução, comentários e índices analítico e onomástico de Eudoro de Souza.

Pensadores - Nietzsche





INDICE

NIETZSCHE - Vida e Obra . . . 5

Cronologia . . . 1 7

Bibliografia . . . 19


O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música (1871) . . . 27
Sobre "O nascimento da tragédia" (1888) . . .45
A arte no "Nascimento da tragédia" . . . 49
Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-moral (1873) . . . 51
Humano, Demasiado Humano - Um livro para espíritos livres Primeiro volume (1878) . . . 61
Humano, Demasiado Humano - Um livro para espíritos livres -
Segundo volume (1879-1880) . . .101
Aurora - Pensamentos Sobre os I;'reconceitos Morais (1880-1881) . . . 135
A Gaia Ciência (1881-1882) . . . 171
Assim Falou Zaratustra - Um livro para todos e ninguém . . . 209
A Filosofia na Época Trágica dos Gregos (1873) . . .251
Considerações Extemporâneas . . . 267
CAP. I - David Strauss, o Devoto e o Escritor . . . 265
II Da utilidade e desvantagem da história para a vida (1 874) . . . 273
III - Schopenhauer como educador (1874) . . . 289
Para Além de Bem e Mal - Prelúdio de uma filosofia do porvir . . 301
CAP. I - Dos preconceitos dos filósofos . . 303
11 O espírito livre . . . 309
III - A religiosidade . . . 315
IV - Sentenças e interlúdios . . . 317
V - Para a história natural da moral . . . 319
VI - Nós eruditos . . . 325
VII - Nossas virtudes . . . 327
VIII .- Povos e pátrias . . . 331
IX - O que é nobre . . . 333
Para a Genealogia da Moral - Um escrito polêmico em adendo e "Para Além de Bem e Mal'' como complemento e ilustração . . . 337
Prefácio . . . 339
Primeira dissertação - "Bom e mau", "Bom e ruim" . . . 341
Segunda dissertação - "Culpa", "má consciência" & companhia . . . 347
Terceira dissertação - O que significam ideais ascéticos . . . 357
Crepúsculo dos Ídolos - Ou Como Filosofar com o Martelo (1888) . . . 371
O problemde Sócrates . . . 373
A "Razão" na Filosofia . . . 375
Como o "verdadeiro mundo" acabou por se tornar em fábula . . . 376
História de um erro . . . 376
Moral como contranatureza . . . 377
Os quatro grandes erros . . . 379
Os "melhoradores" da humanidade . . . 380
Incursões de um extemporâneo . . . 380
O que devo aos antigos . . . 387
O Anticristo - Ensaio de Uma Crítica do Cristianismo (1888) . . . 391
Ecce Homo - Como Tornar-se O Que Se é (1888) . . . 409
Prólogo . . . 411
Por que sou tão sábio . . . 417
Por que sou tão esperto . . . 419
Por que escrevo livros tão bons . . . 423
Sobre o Niilismo e o Eterno Retorno (1881-1888) . . . 425
Nota Introdutória . . . 427
O niilismo . . . 429
O eterno retorno (1881) . . . 439
O eterno retorno (1884 - 1888) . . . 443
Quatro Poemas (1871 - 1888) . . . 451
Vocação de poeta . . . 453
No sul . . . 455
O andarilho . . . 457
Da pobreza do riquíssimo . . . 459

Pensadores - Sócrates




Sócrates

Seleção de textos de José Américo Motta Pessanha

Traduções: Jaime Bruna, Libero Rangel de Andrade, Gilda Maria Reale Strazynski

PLATÃO
DEFESA DE SÓCRATES
Relato da defesa de Sócrates perante a Assembléia ateniense que acabaria por condená-lo à morte. Sócrates mostra o sentido de sua missão filosófica, rebate acusações, comenta o veredicto dos juízes — manifestando sempre a perfeita serenidade de quem permanece fiel à própria consciência.

XENOFONTE
DITOS E FEITOS MEMORÁVEIS DE SÓCRATES APOLOGIA DE SÓCRATES
Xenofonte traça o perfil do mestre e transcreve o que colhera de seus ensinamentos. Se o Sócrates visto por Xenofonte não possui a mesma profundidade filosófica daquele que é mostrado por Platão, sua grandeza
humana é igual e igualmente enaltecida.

ARISTÓFANES
AS NUVENS
O grande comediógrafo faz de Sócrates uma de suas personagens, apresentando o como mais um pensador que busca explicações para os fenômenos cosmológicos. Alguns historiadores vêem nessa personagem a caricatura do Sócrates jovem, anterior à fase do magistério filosófico que influenciará Platão, Antístenes, Xenofonte e outros pensadores.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Fernando Pessoa



Com a compilação e considerações de Miguel Roza, sobrinho de Fernando Pessoa, a Assírio & Alvim, reeditou o "Encontro Magik, seguido de A Boca do Inferno", onde se desvenda ao público leitor de Fernando Pessoa os segredos do encontro do poeta com Aleister Crowley.

Fernando Pessoa é um "universo" que está por "explorar" e "conhecer".

sábado, 21 de julho de 2012

José Hermano Saraiva 1919-2012

José Hermano Saraiva 1919-2012 GC IP (Leiria3 de Outubro de 1919 - Palmela20 de Julho de2012) foi professor e historiador português. Ocupou o cargo de Ministro da Educaçãoentre 1968 e 1970.[1][2][3][4]

Biografia

Terceiro filho de José Leonardo Venâncio Saraiva e de sua mulher Maria da Ressurreição Baptista, cresceu em Leiria, onde frequentou o Liceu Nacional. Posteriormente ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942. Iniciou a sua vida profissional no ensino liceal, que acumulou com o exercício da advocacia. Foi professor e, seguidamente, director do Instituto de Assistência aos Menores, reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa, e assistente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP).
Envolvido na política, durante o Estado Novo, foi deputado à Assembleia Nacional, procurador à Câmara Corporativa e ministro da Educação. Durante o seu ministério, entre 1968 e 1970, enfrentou um dos momentos mais conturbados da oposição aoSalazarismo, com a Crise Académica de 1969 . Quando deixou o Governo, substituído por José Veiga Simão, foi exercer o cargo de embaixador de Portugal noBrasil, entre 1972 e 1974.[5]
Com o advento da Democracia, José Hermano Saraiva tornou-se numa figura apreciada em Portugal, bem como junto dascomunidades portuguesas no estrangeiro, pelos seus inúmeros programas televisivos sobre História de Portugal. Por esse mesmo motivo, tornou-se igualmente numa figura polémica, porque a sua visão da História tem sido, por vezes, questionada pelo meio académico.[carece de fontes]
Voltou a leccionar, como professor convidado na Escola Superior de Polícia (atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna) e na Universidade Autónoma de Lisboa.
Pela sua grande capacidade de comunicação, popularizou-se com programas televisivos sobre História e cultura.[6]
Ficou classificado em 26º lugar entre os cem Grandes Portugueses, do concurso da RTP1[7].
Foi o irmão do professor António José Saraiva[8] e tio do jornalista José António Saraiva. Foi também sobrinho, pelo lado da mãe, deJosé Maria Hermano Baptista, militar centenário, (n. 1895 - m. 2002, viveu até aos 107 anos) o último veterano português sobrevivente, que combateu na Primeira Guerra Mundial. Casou com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, sobrinha-bisneta do 1.ºMarquês de Sá da Bandeira, de quem tem cinco filhos.

Distinções especiais

[editar]Obra

Orações académicas editadas pela Academia das Ciências de Lisboa
  • Testemunho Social e Condenação de Gil Vicente (1976);
  • A Revolução de Fernão Lopes (1977);
  • Elementos para uma nova biografia de Camões (1978);
  • Proposta de uma Cronologia para a lírica de Camões (1981-82):
  • Evocação de António Cândido (1988);
  • No Centenário de Simão Bolívar (1984);
  • A crise geral e a Aljubarrota de Froyssart (1988).
Trabalhos pedagógicos
  • Notas para uma didáctica assistencial (1964);
  • Aos Estudantes (1969);
  • Aspirações e contradições da Pedagogia contemporânea (1970);
  • A Pedagogia do Livro (1972);
  • O Futuro da Pedagogia (1974).
Trabalhos jurídicos
  • O problema do Contrato (1949);
  • A revisão constitucional e a eleição do Chefe do Estado (1959);
  • Non-self-governing territories and The United Nation Charter (1960);
  • Lições de Introdução ao Direito (1962-63);
  • A Crise do Direito (1964);
  • Apostilha Crítica ao Projecto do Código Civil (1966);
  • A Lei e o Direito (1967).
Trabalhos históricos
  • Uma carta do Infante D. Henrique (1948);
  • As razões de um Centenário (1954);
  • História Concisa de Portugal (1978), trad. em espanhol, italiano, alemão, búlgaro e chinês;
  • História de Portugal, 3 Vols – Direcção e co-autoria (1981);
  • O Tempo e a Alma, 2 Vols (1986);
  • Breve História de Portugal (1996);
  • Portugal – Os Últimos 100 anos (1996);
  • Portugal – a Companion History (1997);
Para uma História do Povo Português
  • Outras maneiras de ver (1979);
  • Vida Ignorada de Camões (1980);
  • Raiz madrugada (1981);
  • Ditos Portugueses dignos de memória (1994);
  • A memória das Cidades (1999).

[editar]Programas de televisão


Foi jurista, ministro da Educação e autor de obras como a "História Concisa de Portugal"
Era também membro das academias das Ciências de Lisboa, da Marinha e do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
Licenciado em Histórico-Filosóficas (1941) e em Ciências Jurídicas (1942), exerceu também advocacia
Com reconhecida capacidade de comunicação, popularizou-se com programas televisivos sobre História e cultura
A sua colaboração com a RTP começou em 1971 com o programa "Horizontes da Memória
Na área da História, publicou cerca de 20 títulos. Na foto, com Luís Figo na apresentação da obra "Douro Património Mundial"
Hermano Saraiva era uma presença assídua na TV. Na foto, com o ator brasileiro Lima Duarte em programa de Herman José
José Hermano Saraiva dirigiu também uma outra História de Portugal em seis volumes, publicada em 1981
O autor morreu em sua casa, aos 92 anos, em Palmela